Maíra em palavras

Não quero nada que não venha de nós dois...

Muito mais do que louca, sou decidida. Nem que seja pra decidir que não tá dando pra decidir p. n.. Só que a situação toda está rindo da minha cara e dizendo dane-se a sua decisão, porque vai ser do meu jeito e não do seu. E confesso que ainda estou aprendendo a ter coisas do jeito de outros. O pior (ou melhor) é descobrir que nem sempre os jeitos alheios são piores. Muito pelo contrário.

E com certeza eu te quero. Tá decidido. Eu decidi. Mas quem foi que disse que assim será? Quem foi que disse que isso basta? Não bastou. E foi triste, porque teve todo aquele lance de despedida e tal e dorzinha que vira dorzona e todas essas coisas chatas. Você me dizendo que não dá e eu fingindo que entendo: Dores horrorosas!

E, no fundo, acho que entendo... Eu sei que é chato o cara da Editora Planeta que insiste pra que você compre enciclopédias e livrinhos educativos e pede que você indique três amigos que estariam interessadíssimos nos produtos e se você não indicar, ele promete te assombrar todas as noites e você quase chora, porque não tá dando pra suportar. Pois é... Você me mandou embora e eu insisti até você quase chorar.

Tá certo que você diz que me quer e que sofre também, mas o que importa é a decisão final. E essa você tomou e tudo foi do seu jeito e não do meu. E o meu jeito já cansei de te dizer: não quero nada que não venha de nós dois!