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terça-feira, setembro 02, 2003

Túnica
by Reinaldo N. Luciano

Das mediúnicas lembranças do passado
vivenciado em tenho outras batalhas
quais guerras púnicas vividas, revividas
nas muitas túnicas rasgadas da matança,
mortalhas únicas, manchadas de esperança;
falha o destino em colher-me em suas malhas...

Tenho buscado o olvido - e atrás da porta
ouvido o brado surdo e seco da memória
em que a história me vigia, de soslaio,
finge-se morta... Espera, mas não saio;
não sou covarde, mais tarde eu busco a glória,
pisando a escória que esfria sem alarde.


Não há pressa em alvejar a minha túnica
mortalha única, que o meu ciclo recomeça...
Aceito a vida, mas a sorte ainda não sabe
que não me cabe abrir o peito sem guarida
ou dar à morte uma razão pra que me corte
com mão tão forte, que me force à despedida...


Preciso ir pra Campinas, urgentemente!

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