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sábado, setembro 20, 2003

IMPARCIALIDADE

Que tarefa mais ingrata a do juiz.
Decidir com a superfície dos fatos.
Poder julgar o altruísmo do verdadeiro Amor.
Tem ele a prova verdadeira das minúcias das emoções.
Consegue navegar nas motivações geradas pelo amor correspondido.
Nunca.


Esse sentimento só é conhecido por quem se entregou de corpo e alma.
As pessoas no dia a dia estão preocupadas com a sobrevivência.
E dirão os mais cínicos: Não é essa a função do homem, sobreviver.
Direi não, o homem busca viver.
Da forma mais feliz possível, e não vejo outra forma se não amando.


Doido quem se entrega de corpo e alma a outra pessoa.
Concordo e dou toda razão, mas não a emoção.
A emoção desse sentimento é algo assustador.
Remove toda a dúvida.
Colore a vida.
Renova qualquer esforço.


Mas quem sou eu para julgar tal doido.
Se eu enlouqueci e me lambuzei nas garras do amor.
Tal episódio "O Amor" acaba passando despercebido na vida da pessoa.
Ao olhar dos outros sim.
Mas no coração de quem ama, esse episódio é um dos mais importantes.


É difícil ser imparcial com o Amor.
Mais difícil ainda é compreender sua força criadora e sua força destruidora.
Ilusão querer controlar tal força, pois ela, te invade sem sua permissão.
O máximo que podemos procurar é conviver com ou sem essa força.
Quem duvida dessa força procure conhecer algumas conseqüências do Amor.


Mas não tente julgar.
Mesmo que isso lhe faça sofrer.
Com as experiências positivas procure se abastecer.
Já com as negativas, como tudo que é negativo procure temer.
Inútil é querer entender.


Esse super poema é de um amigo do curso de roteiro, Luiz Henrique! Aí, Luiz, quem mandou me mandar o poema? Agora todos saberão o quão bem você escreve!

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