Meu Deus, que estranha coisa é essa dentro de mim? Não sei se tão estranha, mas incrivelmente profunda. Tá me fazendo perder o sono, a concentração, o tino. E que coisa mais repetida é essa, que começa sempre da mesma forma e a gente finge que nunca sentiu antes e sofre tudo de novo? Dor que me faz burra! Dor gostosa. Que raio de dor é essa que me vicia e faz eu pedir mais e mais? E não adianta tentar decifrar essa coisa, porque a coisa não tem cifras, nem códigos, nem nada. Basta apenas sentir, da forma que quiser: ouvindo uma música, pegando uma chuva, vendo um filme, sonhando acordada... Tudo vale. Hoje, tudo vale. Quero que valha! E não vou fugir, mesmo sabendo que quando a coisa chega, te estraçalha de vez. Que eu morra, então, estraçalhada!
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