-->

terça-feira, novembro 25, 2003

Aberta, novamente

E mais uma vez a porta se abriu. E você estava lá, do outro lado, me olhando, como se me pedisse pra entrar, só que não pediu e eu não o chamei. Então você ficou lá, sorrindo e me olhando e me querendo, eu sei. Mas não pude fazer nada. Tenho raiva da minha inutilidade. Tenho raiva do meu medo. Não fiz nada. Monga.
Tanto tempo sonhando com a porta se abrindo e agora que ela se abriu eu fico em pânico. Não sei se devo, não sei se posso, não sei se quero, não sei se é bom, se é pra ser e todas as perguntas estúpidas rondam o meu cérebro e, pô, que merda, me deixem em paz, porque eu quero que você entre e entre agora e diga que me adora e dane-se o plágio. Quero de novo, faz de novo, senão eu morro. Abra de novo, pede pra entrar que eu deixo e até te busco. Dá outra chance. Perdoe a minha monguice e faz de novo.
Fala pra mim por que demorou tanto. Fala o porquê de tanta dor, se bastava apenas abrir a porta. Confesso que tava trancada, lacrada, diria, quase que impenetrável, mas abriu. Claro que abriria pra ti. Claro que cederia a ti. E foi de uma vez, assim como o meu amor. E eu não sei o que será de mim, se aberta, não tiver você.

0 comentários: