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sexta-feira, setembro 12, 2003

E o amor existe verdadeiramente, porque eu sinto. Consigo senti-lo a cada segundo e em cada gesto e detalhe do teu corpo. Faço parte de ti, como uma perna, que mesmo coxa, segue te compondo e te fazendo mais inteiro. Sou inteiramente sua, desde sempre e para sempre e não importa o quanto pareça mentira e o quanto pareça loucura, pois de louco o amor tem tudo e mais um pouco. Um pouco de ti me sacia. Um pouco de amor parece um pouco de vida, pois é morte que sinto sem você.

Tenho um coração, que de tão burro, acha que é seu. Quase que me deixa sem sangue, porque pulsa, retraído, pensando em ti. Meus olhos... Que olhos? Pra que estes olhos se só enxergam a ti? É ti ou o vazio. Este vazio. Que o mundo exploda e preencha este vazio com os meus pedaços, porque só assim me livrarei do amor inteiro, que já tá mais forte do que ossos e veias e carne. E que nesse dia, o vento cesse, pra que eu não corra o risco de ter os pedaços juntados novamente. Só assim não mais te habitarei, não mais te serei base, corpo, alma, vida.

Morra sem mim, depressa, porque já morri sem ti.

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