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segunda-feira, junho 30, 2003

De Novo

Putz! Aconteceu de novo! Eu falei pra você que não poderia ser diferente. Ela conheceu o cara... Bom, até aí, tudo bem. Ela gostou do cara. O cara gostou dela. O quê? Você não acredita? É a mais pura verdade. Eu sei que ele gostou dela. Insistiu muito para que ela fosse ao encontro dele. E ele tava longe, onde só avião chega. Disse pra ir. "É tudo ou nada, garota!". Só que ela queria apenas um pouco de cada vez e ficou na dúvida. "Qual é a desse cara?", pensou muitas e muitas vezes. Mas, como havia de ser, optou pelo tudo. Pegou o bendito avião e lá foi ela. Ferrou! Já não dava mais pra voltar atrás. Quem disse que ela queria voltar atrás? Não me ouve, a infeliz. Nunca me ouviu. Ah, se tivesse me ouvido... Como teria sido? Garanto que muito melhor do que foi. Pelo menos ela não estaria lá, naquele quarto de hotel, pensando nele e sentindo aquela dor. Como, que dor? Aquela que os amantes sentem dentro do peito, oras. Basta perder a pessoa querida, que a dor aparece. Nem precisa chegar a perdê-la. É só achar que perdeu e pronto: dorzinha, dorzinha, dorzinha. Ela pensa nele e a dor vem do mesmo jeitinho. Ou jeitão. E dessa vez, foi de jeito, posso te garantir. Pegou em cheio. Por quê? Porque ninguém esperava. Tava tudo correndo muito bem. Por fora, mas tava. Também nunca houve muito interesse pelo "por dentro". Nunca houve um interesse por nada, na verdade. Começou como uma grande brincadeira e agora, acaba assim. Brincadeira! De mau gosto. Gosto amargo. Eu já mencionei que sabia disso desde o início? Pois é, sabia e tentei avisar. Não quis me ouvir. Já mencionei isto? Deu no que deu. Deu e agora tá lá, sozinha no quarto de hotel mais luxuoso que já havia estado. Sozinha. E o telefone não tocou como havia de ser e ele não voltou como havia de ser. Ela o amou, como havia de ser. De novo.

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