Maíra em palavras

Tava vendo um blog de uma tal de Clarah Averbruck. Cara, não sei não, mas acho que nos últimos anos eu não estava neste mundo. As pessoas estão lá na frente e eu aqui atrás. Não sei se tava hibernando ou algo parecido, mas com certeza aqui eu não estava, pelo menos não mentalmente. É como se eu tivesse apenas 1 semana pra concretizar todos os meus projetos, enquanto todos tiveram 20 anos. Isso não é justo! O que a Clarah tem a ver com tudo isso? Oras, a mulher (garota, vai, 23 anos) escreveu um livro (eu também, só não publiquei e ela já) que vai virar filme (Murilo Salles, gente. Murilo Salles!!). Escreveu uma peça que entra em cartaz em maio (eu também, mas só Deus sabe quando entrará em cartaz), dirigida por Antonio Abujamra (ai, ai). Está preparando mais 2 livros (editor: Jorge Viveiros de Castro) e tem um filho na barriga. É muito pra minha cabeça. Aonde eu estava? Por que o Murilo não me liga? E o Abujamra? Será que o Viveiro de Castro me esqueceu??????? Meu desespero não se consiste apenas devido ao meu estado de pobreza momentâneo, exatamente porque não sou tão pobre assim. Meu pai tá começando a ficar pobre por minha causa, mas isso já é um outro assunto. Eu preciso TRABALHAR!! Calma, passou, passou... Não me entendam mal. Trabalho, assim, no pé da letra não é bem o que eu quero. Quero DIVERSÃO!!! Agora sim! No meu caso (graças a Deus), trabalho=diversão. O inverso não é necessariamente uma verdade. Não sei ganhar dinheiro sem me divertir. Sei muito bem me divertir sem ganhar dinheiro (gastando, pra ser exata). Aí que está o meu problema. Acabo me divertindo muito mais do que trabalhando. Acho que tô confusa. O telefone tocou, eu atendi e acabei perdendo o fio da meada (da onde surgiu esta expressão?). Era o Daniel. Secretário do Antônio Amâncio. Não, não, não era trabalho, não. Era pra gastar mais dinheiro num videobook milionário. Acho que vou deixar de ser atriz pra gravar videobooks. Vou ficar rica!