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terça-feira, abril 17, 2012

Que loucura voltar a esse espaço. Até a senha eu havia esquecido, gente! Tanto tempo... Novidades? Xiiii... Tanta coisa aconteceu, mas pouco se inovou. Nossa, por que que levamos tanto tempo pra mudar um simples detalhe, uma simples condição, um simples sonho? Se bem que meus sonhos tem mudado bastante. Na verdade eu só os aumento, o que não é uma coisa muito inteligente de se fazer, se partirmos do princípio de que já é difícil pra caralho realizar um bem pequeno. Enfim... Tô chorando todos os dias. Por que eu disse isso? Não sei. Pode ser pelo fato (também simples) d'eu não fazer terapia. Andei pensando muito nisso ultimamente. TERAPIA. Huumm... Contar todos os problemas pra alguém que estudou uma maneira de como resolver problemas. Imagina que foda! Você estudo e se torna apto a resolver problemas. Uau! O que você faz? Sou resolvedor de problemas! Todos querem um resolvedor de problema na vida, mas como tudo e não diferente de um personal trainner, um terapeuta requer muito dinheiro. Pelo menos aqueles que a gente ouve falar que são os melhores. E como em tudo na vida, queremos o melhor. A melhor casa, o melhor marido, o melhor emprego, o melhor cabelo, a melhor amiga, o melhor dentista, o melhor do melhor do melhor... E paga-se rios de dinheiro, coisa que não tenho no momento. Nem uma goteirinha eu tenho, na verdade. Então contento-me com o quase melhor disso, o não tão bom daquilo, o piorzinho desse outro e, por sorte, um bem bonzinho que me dê desconto de alguma coisa. Mas tudo há de mudar! (nossa, se eu ganhasse 1 real por cada vez que disse essa frase, tava abastada!) Mas quer saber? A mudança maior tá aqui dentro e essa foi drástica, meus amigos! E no fundo, no fundo, beeeem no fundo, é essa mudança a que mais importa (contanto que o dinheiro acompanhe). Acredite nisso que o melhor de tudo virá, mesmo que não seja tão bom assim.

Welcome back me!

quarta-feira, março 16, 2011

Algum título em negrito

E, como num passe de mágica, ela se transformou num bloco de gelo! O que antes a emocionava, não o faz mais, o que antes a tocava, não faz nem perto. O que, em tempos áureos a fazia chorar e amar cada vez mais, não faz a menor diferença. E ela diz que não é mais a mesma: "Mudei". Nem pisca, o bloco. "Sou outra pessoa". Que pessoa? Pessoas piscam e coçam e sentem frio. Cadê o suor que não aparece mais em você? Cadê aquela angustia, aquele não-sei-o-quê que te era característico? All gone. O brilho? All gone. A discontração? Gone. Gone. Gone. Mas quer saber? Um dia isso aí derrete e vira lágrima, aí eu quero ver! Não há gelo que resista a tanto amor e tanto calor latente. Espera. Pode esperar que não me importo. Passe o tempo que passar, ainda nos divertiremos muito com isso. Espero.

sexta-feira, março 11, 2011

Quem sou eu?

Eu tinha todo o tempo do mundo, sabe? Podia viver várias vidas, se quisesse, e foi o que eu quis! Mudei de nome, mudei de cara, de corpo, mudei de amigos de infância, de idioma, de idade, de cor de pele, do cabelo também, de hábitos e manias, mudei meus tiques e cacoetes. Mudei forma de pensar, estilo, músicas prediletas, mudei de homens (várias vezes), fiz com que também mudassem. Me mudei muito mais que eles, acreditem. Transformei crenças e valores, perdi muitas e... Cá estou. PERDIDINHA.COM. Quem foi o cretino que propagou "viva o momento" pelo mundo? Quem foi o imbecil, sem coração, que pregou "deixe a vida te levar"? Meu Deus, se eu pudesse voltar... Se eu pudesse ser jovem outra vez e com todo o tempo do mundo outra vez, juro que viveria somente a minha vida. Faria tudo diferente, foda-se! Faria tudo mais depressa, com foco. Foco, menina! Foco! Sempre ouvi isso e só agora entendo a importância. FOCO, PORRAAAA!!!! Ah, focaria lá, no futuro e seguiria sem me desviar, sem tropeçar, sem olhar pro lado, sem esbarrar nas distrações, sem parar pra papear, tomar um drink, dormir até tarde ou o dia inteiro, ficar de bobeira na praia, ler livros fúteis, ver filmes vazios, enfim, sem perder tempo. E agora o meu (tempo) está no fim. É o fim dos tempos, como se diz desde que nasci e, pra mim, agora mais do que nunca.

O futuro chegou.

E o pior é saber que, mesmo podendo fazer tudo diferente, corro o risco de chegar no mesmo lugar.

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Havia um tempo em que eu tinha tudo. Eu tinha palácios, tesouros, terras ricas e frutíferas. Eu tinha beleza, olhos vibrantes, corpo de invejar. Tinha roupas bordadas a ouro, jóias reluzentes e sapatos feitos de diamantes. Pessoas que só me queriam bem, amigos fiéis, homens devotos. Tinha tudo.

Mas eu tinha você?

segunda-feira, outubro 18, 2010

Tô meio errada aqui com a minha vida.

Vou consertar e já volto.

sábado, junho 26, 2010

Uma Certa Crítica Que Me Fez Chorar

Conheci-o numa festa e já começamos a trocar emails. Um dia posto todos aqui. São dignos de grande apreciação (pelo menos os que ele escreveu), grande diversão e, não menos, de grande emoção. Mas este que posto aqui, hoje, foi mais que especial, porque não foi pra mim, diretamente. Ele escreveu pra ela, pra Júlia Medeiros, minha tão íntima e querida amiga, criatura, alter-ego. A protagonista de MATRIOSKA, meu ainda engavetado livro. Bom, nem tão engavetado assim, já que gerou tal "crítica". Digo "crítica", porque ele é um Crítico, mas que fez essa cartinha. Mas que cartinha fofa foi essa? Chorei mesmo quando li e aposto que Júlia choraria com igual intensidade. Talvez mais, já que essa menina, gente... Que mar de emoções ela é! E chega de pormenores, de entremeios, de enrolação! Aí vai o email que recebi de Lionel Fischer:

Cara Júlia Medeiros:

Estivéssemos em um outro tempo, diria que tua vida "me caiu nas mãos". Mas como não estamos em um outro tempo, mas no tempo presente (o Tempo, sempre ele), tua vida surgiu na tela do meu computador. E por ela senti especial encanto.

Não sendo crítico literário, e assim, pouco íntimo de rebuscadas palavras e/ou pensamentos profundos e refinados, gostaria apenas que soubesse que teria tido enorme prazer em conhecê-la, nem que fosse por um breve instante na casa, digamos, de um amigo comum, e tendo que dividí-la com pessoas que você conhece e eu não.

Porque você, Júlia Medeiros, é uma espécie de síntese de todas as mulheres interessantes que conheço - inclusive ex-mulheres, ex-namoradas e filhas. E aí pouco importa a idade que tenham: quando são interessantes, as mulheres são incertas, indecisas, contraditórias, negam no final de uma linha o que escreveram em seu início. E com igual veemência. Mas é sob esta aparente fragilidade que se oculta sua fortaleza.

E os homens que apreciam mulheres sempre decididas e fálicas, que jamais se arrependem do que dizem ou fazem, que desconhecem o poder transformador da dúvida etc., das duas uma: ou não comeram a própria mãe (ainda que em fantasia, naturalmente) e portanto arrastarão seu Édipo pelo resto de suas vidas, ou pertencem àquele tipo que reclama do oceano pela inconstância de suas marés.

Ora, convenhamos: o fascínio do oceano é justamente sua imprevisibilidade, o mesmo ocorrendo com a mulher.

Portanto, e já com o temor de ter me estendido demasiadamente, quero te dizer, para terminar, que deves fazer o possível e o impossível para publicar teu livro, que tenho absoluta certeza que
encontrará uma vasta legião de cúmplices - de ambos os sexos.

Atenciosamente,

Lionel Fischer (o único crítico teatral carioca apaixonado pela incerteza)

quinta-feira, maio 06, 2010

Dia das Mães

Resignaram-me a seguinte pauta: Qual a maior lição que sua mãe lhe ensinou? Fiquei pensando... Nossa, imagine aquela situação limite, tipo ter que saltar sobre um precipício. Do outro lado tem essa pessoa te dizendo que tudo vai ficar bem, que é só focar e confiar e que num único impulso você vai, sim, chegar do outro lado sem um arranhão. Quem mais poderia fazer você pular sem hesitar? Quem mais poderia fazer você fechar os olhos e depositar tudo nas suas habilidades físicas, psíquicas e etc... Quem mais poderia te olhar nos olhos num momento tão tenso e, com toda calma, amor e serenidade, dizer: "vem que vai dar certo"? Quem mais? Mãe é isso! Pelo menos a minha Betinha me passa isso. Olha, posso fazer a merda que for que sei que essa morena de 1,63m vai segurar as pontas. Ah, quantas vezes ela já não segurou? Putz, eu amo demais essa mulher mutante, trangênica e ao mesmo tempo tão pura que, desde meus 11 meses, chamo de mãe!

Mãezinha linda e magra (puxa-saco), amo-te como o amor é capaz e tudo o que sei, o que fiz foi sob tuas asas. Amém por isso! Esteja sempre aqui, comigo, como sempre!

Te amo!

Feliz Dia das Mães!

quarta-feira, abril 07, 2010

A Fresta

E o vento tá batendo novamente na janela. Que porra! Não sabe que me assusta e que assusta a Kintsi que deixa minha cama num pulo toda vez que ouve o blam ensurdecedor que tudo isso causa? Se quer entrar, entre com calma, pela frestinha que sempre deixo, porque, não sei se percebeu, não vivo sem o seu toque. Mas já reparou também no tamanho da fresta? É bem pequena, meu caro. Bem sutil, meu amado. Bem, delicada, meu querido. Mesmo sendo imensa a janela, pouco dela está disponível. Aahhh... Como é bom quando sinto o vento... É! Tu mermo! Como é bom te sentir, principalmente nesses dias tão quentes. Mas, calma! Na violência sua de costume, só fazendo muito barulho mesmo, o que definitivamente não é bom. Agora o que eu mais odeio é essa sua capacidade de ser mais de um ao mesmo tempo. És bruto ou delicado? Decida-se ou foda-se. Cansei de te dar dicas com as minhas frestas.

quarta-feira, março 17, 2010

O Demolidor ou O Castelo de Areia

Um dia, em Laranjal, Minas Gerais, nasceu Serginho. O terceiro de nove filhos. Mas não o terceiro em esperteza. Serginho foi o primeiro em quase tudo. Primeiro a falar. Primeiro a andar. O primeiro a ir ao shopping sozinho. O primeiro a matar um passarinho. Não porque seus pais fizessem algum esforço para que tal pioneirismo tomasse lugar, mas porque era assim que ele queria e era assim que ele sabia viver.

No Rio, onde passava férias com a família, ir à Praia de Copacabana era o seu programa predileto. A brincadeira era sempre a mesma: construir castelos de areia. Não só construir, mas eleger o melhor de todos e, adivinhem quem sempre ganhava... Serginho! O dele era sempre o maior e o mais equipado e o mais bonito e o mais charmoso e o mais repleto de janelinhas super difíceis de fazer quando só se tem em mãos um palito e o próprio dedo. “Se quiser uma janela igual a do meu castelo, tem que pagar cinco mil cruzeiros”, já negociava o ambicioso Serginho. E um ritual “meio preocupante”, como costumavam dizer seus pais, acompanhava o final da brincadeira: Serginho sempre demolia todos os castelos de areia com certo sorriso “macabro demais pra uma criança”, dizia a tia. Mas era sim, inegável o prazer que esse garoto sentia na demolição das construções. Quanto mais elaboradas, mais explícito o prazer. Risadas decibélicas e cheias de más intenções calavam todos os presentes, de tão amedrontados e desconfiados que ficavam. Daí, seu apelido que o acompanhou a vida inteira: Serginho, o Demolidor! E não é que o baixote curtia o tal pós-nome?!

Nada seguiu diferente na adolescência. Montar e destruir era uma diversão para Serginho. Construir maquetes monumentais virou o seu hobby e muitos prêmios conquistou com suas exposições. Mas nada que pudesse ser apreciado depois, já que todas possuíam pouco tempo de vida. E como era fácil destruí-las! Tão fácil quanto destruir os castelos de areia. Mas como era possível? Serginho nunca revelava o material utilizado em seus projetos. Sabia-se, portanto, com certeza absoluta que se tratava de um material bem barato, já que Sérgio não abria a mão nem pra bater palma.

Enfim, o Demolidor teve um destino já previsto por quem o conhecia. Formou-se engenheiro civil em Juiz de Fora, mas logo mudou-se para Brasília, onde muitos empresários da construção faziam fortuna. Seus incríveis projetos, suas mirabolantes idéias a baixos custos chamaram a atenção de muitos políticos e muitas portas se abriram (ou foi ele que as demoliu? Bom...). E assim foi galgando seu sucesso. Fez projetos, fez empresas, fez fortuna. Só não fez filhos. Ainda bem, comentavam os vizinhos. Imagina ter que destruí-los depois?

E, finalmente Sérgio recebeu o projeto de sua vida. Construir um palácio! E o mais incrível: no Rio de Janeiro! “Ah, agora sim”, pensou. “Agora sim vou utilizar toda a experiência conquistada com os castelos de areia. Ah, minhas janelinhas, janelinhas bonitinhas...”. E assim o fez. Baixíssimo custo e um palácio, ah, que lindo o palácio, que lindas janelinhas e portas e portões tão charmosos. Todos queriam morar no palácio do Sérgio. Todos fizeram fila e alguns felizardos foram escolhidos e se mudaram e fizeram sua vida no palácio. Quantos enchiam a boca para dizer que moravam no palácio. Palácio! Palácio! O Palácio mais famoso da cidade. E, meu Deus, quando ninguém esperava, ele fez outro! Agora eram dois palácios. O Palácio I e o Palácio II. Ah, bom demais pra ser verdade. Mais outra fila e mais outros felizardos e mais mudanças e vidas novas.

Ei, mas será que alguém aqui já esqueceu do maior prazer do Demolidor? Que loucura! Tantas pessoas lá dentro dos palácios e tudo pode vir ao chão. Não seria agora que Sérgio iria se livrar do vício. Ou seria? Estava tudo muito calmo. Há anos pessoas habitavam os Palácios sem que uma maçaneta caísse. Ah, relaxa! Parecia mesmo que o Demolidor havia abandonado o hábito.

O Palácio III já estava a caminho quando a tragédia aconteceu. Caiu o segundo palácio. Foi ao chão o segundo palácio. Demoliu! Ruiu! Desfez-se o segundo palácio! E há quem diga que Sérgio deu uma daquelas suas risadas ao ver as imagens na televisão. E foi nesse instante que seu assistente, com lágrimas nos olhos, entrou no escritório com o projeto do terceiro palácio em mãos e desligou a tevê. Então ele pegou a planta, abriu-a lentamente sobre a mesa e falou:
- Nós vamos ter que fazer algumas modificações. Areia, que eu saiba, nunca foi material de construção, Sr. Naya!

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Sei que sumi de novo daqui. Sei que nem dei satisfação do meu sumiço. Mas, pô, sumiço é isso mesmo: sair sem falar com ninguém, senão não seria sumiço, seria "vou ali e já volto", sei lá. E o que eu fiz foi sumir mesmo. Ah, sem desculpas, vai?! Fim de ano, começo de outro, essas coisas. Normal! Programação de várias viagens, lugares lindos pra conhecer, pessoas queridas pra estar junto. Mas não foi tão bom. Horrível dizer isso, mas até o paraíso pode ser insuportável quando não estamos bem ou quando não te deixam bem, que foi o meu caso. Pequenos e grandes acontecimentos foram minando as minhas forças. Nunca pensei que fosse possível comigo. Iniciei o ano cheia de energia e, nem 1 mês depois já estava desanimada, cansada, morta! Mas, como sei que o ano só começa depois do carnaval (desculpa de quem tá sem sorte), entrego minha ansiedade e angústia a quem possa interessar (qualquer um, menos eu!) e vou tratando de ficar rica pra, daqui a pouco voltar ao paraíso e fazer tudo novo, viver tudo de novo e apagar qualquer vestígio de infelicidade que por lá ficou (ah, quem dera se tivesse ficado 100% por lá) e esquecer, esquecer, esquecer... Que merda! Amamos ter boa memória, mas quando tá ruim tudo o que desejamos é esquecer. Então, caros leitores, esqueçam que um dia eu sumi e voltem correndo pra este blog que vos fala.

Amo-tes!

sábado, dezembro 19, 2009

Straight! Até quando?

Quem nunca teve a sensação de ser o único? Caracaaa, não é possível que só eu esteja vendo desse jeito?? Quem nunca se perguntou isso? O que define o meu ponto de vista e o que o difere do seu? Educação? Criação? Cultura? Tratamento? Whatever... O que importa é que cada um tem o seu parâmetro, a sua criação, a sua mania, o seu quadrado. Cada um tá acostumado a acordar de um jeito específico, a dormir, a fazer sua refeição a assistir a um filme a tomar banho de uma maneira particular que, de repente, quem tá de fora, discorda. A vida é assim, pessoas! Sinto lhes informar! Se eu acho que uma abordagem mais radical é a solução, você, contrariando minhas crenças, vai achar que pegar leve é a melhor saída. Se eu acho que a justiça funciona melhor, você, of course, vai achar que jogo se cintura é o que há! Por isso, lhes escrevo, não para tentar angrariar adeptos, mas para simplesmente expor esse senso, que, desde cedo aprendi ser o de justiça.